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ARE - Academia Ribeirão-pretana de Educação comemorou seus 20 anos com publicação de livro

Em 2022, a Academia Ribeirão-pretana de Educação comemorou seus 20 anos com a publicação de livro, que aborda educação, ensino, aprendizagem e pesquisa. Com acadêmicos que apresentam diversas formações e experiências, a ARE tornou-se um espaço privilegiado de reflexões e práticas na educação. A obra reflete esta diversidade, oferecendo ao leitor uma variedade de artigos com diferentes abordagens: o histórico da ARE, alfabetização, docência, escola, pandemia e fome, formação profissional feminina, organização didática, avaliação no ensino superior, ensino e aprendizagem.


Capítulo 1: ARE - Academia Ribeirão-pretana de Educação 2002/2022 - Antônio Carlos Tórtoro


Capítulo 2: Alfabetizar é muito mais do que saber a ler e a escrever - Filomena Elaine Paiva Assolini


Capítulo 3: Docência na Educação Básica em Tempo de Pandemia- Lilian Rodrigues de O. Rosa, Márcia A. Figueiredo, Maria Amélia Zucolotto e Adriana Silva

Capítulo 4: A Escola, a Pandemia e a Fome - Dulce M. Pamplona Guimarães e Nainora M. B. . Freitas

Capítulo 5: A Formação Profissional Feminina - Maria de Fátima da Silva C. G. de Mattos

Capítulo 6: A Organização Didática: Alguns pontos de referência - Filomena Elaine Paiva Assolini

Capítulo 7: Avaliação no Ensino Superior entre Desafios e Perspectivas - Marilda F. de Moura

Capítulo 8: Ensino e a Aprendizagem - Onde estamos? Para onde vamos? - Meire A. Pedersolli e Luiz C. Moreno



O capítulo 3, Docência na educação básica em tempo de pandemia, escrito por Lilian Rodrigues de Oliveira Rosa, Márcia A. Figueiredo, Maria Amélia Zucolotto e Adriana Silva, é resultado de pesquisa aplicada pela ARE durante a pandemia da COVID-19. Apresenta estudos e as reflexões sobre as implicações da pandemia na docência, decorrentes das medidas de isolamento social, na região de Ribeirão Preto/SP.


Para realizar a pesquisa, a ARE criou o Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente, formado pelos seguintes acadêmicos: Lilian Rodrigues de Oliveira Rosa; Márcia Aparecida Figueiredo; Maria Amélia Zucoloto; Maria de Fátima Mattos; Marilda Franco de Moura; Marlene Cerviglieri; Meire Aparecida Pedersoli; e Nainôra Maria Barbosa de Freitas.


O grupo elaborou o projeto Docência na Educação Básica em Tempo de Pandemia e parte dos resultados da pesquisa exploratória realizada pelo Grupo é apresentada neste capítulo. A ARE pretende incentivar a reflexão sobre o trabalho docente durante o período de isolamento social, ofertando insumos para futuras pesquisas e análises que possam colaborar para a melhoria da educação pós-pandemia. A pesquisa coincidiu com os estágios intermediários e controlado do Novo Coronavírus, como se observa no Quadro 1, quando as escolas estavam fechadas e ainda não havia perspectiva de reabertura.

As dimensões consideradas para a elaboração do roteiro de pesquisa foram construídas a partir da observação e experiência dos próprios acadêmicos, cujas atividades profissionais estão diretamente relacionadas à educação. Foram pesquisados: (1) tempo e volume de trabalho; (2) cuidados com saúde e bem-estar; (3) sentimento em relação à docência durante a pandemia; (4) uso de tecnologias.


A pesquisa foi aplicada nos seguintes municípios da região de Ribeirão Preto:

O público ouvido pela ARE caracterizou-se, em sua maioria, por professoras experientes na docência, com média de 40 anos de idade, mas sem experiência com o ensino mediado por tecnologias. Foi possível observar que as condições impostas à docência no cenário de crise sanitária, levou os professores a sentiram-se desafiados em aprender novas práticas e tecnologias, ao mesmo tempo que não se sentiram apoiados de maneira satisfatória para isso.


Os docentes ouvidos apresentaram sinais evidentes de insatisfação com a atividade profissional durante a pandemia, dando indícios de que não dedicaram tempo suficiente para cuidar da saúde e do próprio bem- estar. Essa realidade foi marcada por pouco ou nenhum tempo para se adaptar sua atividade profissional à nova realidade imposta pelo isolamento social.


Aumento no volume e tempo de trabalho docente durante a pandemia

Esse contexto gerou uma situação estressante, associada à adaptação a um novo modo de vida em sociedade, de trabalho e ensino remoto emergencial, em que os professores passaram a utilizar o espaço privado para exercer as atividades profissionais e de estudos. A demanda de trabalho e a ansiedade, em relação às incertezas em tempos de pandemia, evidenciou a fragilidade do planejamento estratégico em educação e da capacidade de gestão escolar em tempos de crise. É possível inferir que as atividades laborais, educacionais, relacionais e de comunicação, no período de isolamento social, foram afetadas, tendo como resultado novas formas de exclusão, a digital e a humana, além da falta de condições e preparação para o exercício do trabalho remoto, principalmente o educacional.


Dois anos depois da pesquisa, é o momento de questionar o quanto o impacto da pandemia tem sido tratado nas Redes Públicas de Ensino em suas várias dimensões: aprendizagem dos alunos; saúde mental e necessidades formativas dos docentes; gestão escolar e planejamento; relacionamento família-escola e ampliação das desigualdades educacionais.


Profa. Dra. Lilian Rodrigues de Oliveira Rosa

fev. 2023



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